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Friday, May 19, 2006

"Eu sou um simples monge budista, não mais, não menos."
Sua Santidade o 14.º Dalai Lama Tenzin Gyatso, Líder espiritual tibetano, nasce numa família de agricultores numa aldeia, do leste do Tibet, com o nome de Lhamo Thondup. Aos 2 anos é reconhecido por monges como a reencarnação do Dalai Lama, autoridade máxima do Budismo Tibetano. Os dalai lamas são tidos como reencarnações do príncipe Chenrezig, o Avalokitesvara, o portador do lótus branco, que representa a compaixão. Considerado a 14.ª reencarnação do príncipe, é separado da família aos 4 anos, muda-se então para o Palácio de Potala, em Lhasa, e é empossado como líder espiritual do Tibet. Passa, então, a chamar-se Jampel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso. Após uma rigorosa preparação, que inclui o estudo do budismo, de história e filosofia, assume o poder político em 1950, ano em que o Tibet é ocupado pela China. Em 1959, depois do fracasso de uma rebelião nacionalista contra o governo chinês, exila-se na Índia. Na época, Sua Santidade foi seguido por 80.000 tibetanos. Hoje, há mais de 120.000 no exílio. Desde 1960, o Dalai Lama reside em Dharamsala, Índia, conhecida como "Pequena Lhasa", a sede do Governo Tibetano no exílio. Ganha o Prémio Nobel da Paz de 1989, em reconhecimento pela sua campanha pacifista para acabar com o domínio chinês no Tibete.
Sua Santidade vive como um verdadeiro monge budista. Mora numa casa de campo em Dharamsala, Índia; acorda às 4 da manhã para meditar, em seguida põe em dia a sua agenda, dá audiências privadas e inicia os estudos religiosos e práticas cerimoniais. A decisão do Comité Norueguês de outorgar o Prêmio Nobel da Paz de 1989 a Sua Santidade, teve apoio e aplausos de todo o mundo, com excepção da China. A citação do Comité afirma o seguinte: "O Comité enfatiza que o Dalai Lama é merecedor desse prémio pela campanha pacifista pela autonomia do Tibete. Dalai Lama sempre afirmou que a solução pacífica baseada na tolerância e respeito mútuo é a única forma de preservar a história e a herança cultural de seu povo." No dia 10 de dezembro de 1989, Sua Santidade aceita o prémio em nome dos oprimidos e também daqueles que lutam por um mundo de Paz para o povo tibetano. Ele disse na ocasião: "O prémio reafirma nossa convicção de que com a verdade, coragem e determinação como nossas armas, o Tibete será libertado. A nossa luta deve ser sem violência e livre de ódio."